quarta-feira, março 30, 2005

O Concerto

Ontem fui à Aula Magna ver um concerto dos Clã.
A primeira sensação foi recordar aqueles tempos de universitário, aquele feeling que somos de "fora do esquema", somos rebeldes.

Não passou de uma sensação. Ser selvagem e rebelde implica ter um porsche descapotável e cigarrinho ao canto da boca.

Por azar a minha profissão não rende o suficiente para um porsche, mesmo com tejadilho.
Por opção não gosto de tabaco.
Por lógica não posso ser rebelde.

Esta história da rebeldia tem muito que se lhe diga.
O rebelde do porsche e do cigarrinho morreu há algum tempo de acidente de carro.

Se ainda fosse hoje vivo teria cancro do pulmão.

Ao entrar na Aula Magna a primeira decepção: Não havia aula!
Ora se estamos na Aula Magna deviamos estar ali para aprender, mas a verdade é que a juventude universitária ali presente não estava para ali virada.

Quanto a ser Magna também coloco algumas dúvidas... ver algumas centenas de jovens a gritar "GTI, GTI, GTI" não parece ser muito "magno".
Ainda para mais quando há motorizações mais económicas e com melhor performance.
Ai esta juventude......

O concerto alternou alguma musica com algum "ruído" próprio de um evento universitário.

O que mais estranhei foi a falta de organização do evento por parte do grupo musical.
A partir do meio do concerto foram saindo várias vezes entre as músicas.

Não compreendi bem o que sucedia, confesso.

Ao principio julguei que tivessem sede, mas havia água engarrafada no palco, da qual se serviram algumas vezes.

Depois pensei que houvesse algum problema intestinal na vocalista, já que era sempre a primeira a sair.
Logo percebi que não fazia sentido! Ela pulava muito, e todos sabemos que quando se tem gases não dá muito jeito saltar.

Ainda cheguei a pensar que estavam a lembrar o baixista das ordem das músicas, mas se assim fosse não fazia muito sentido que a vocalista fosse a primeira a sair.

Foi uma noite agradável, mas não deixo de ficar com dois pensamentos...

Porque razão eles saiam tanto?

O jovem público, universitários portugueses têm pouca cultura automóvel.
Há melhores soluções que os modelos GTI.
Comprem o Guia do Automóvel!!!

NFL

sexta-feira, março 04, 2005

A Ponte

Faz hoje 4 anos q caiu a ponte de Entre-os-rios.
Faz hoje 4 anos q morreram algumas dezenas de pessoas pq alguém se "esqueceu" de ir verificar o estado da ponte.
Faz hoje 4 anos q aguardamos saber se há culpados, ou se como sempre a culpa morre solteira.

Esta questão da ponte levanta 2 pontos:

Justiça

A Justiça não funciona em Portugal, todos o sabem.
Mas poucos sabem do custo efectivo dessa questão.

Dou um exemplo fresquinho. Hoje almoçava com um empresário do ramo alimentar q me dizia q tinha cerca de €70.000,00 "na rua".
Falávamos de ele investir em mais um estabelecimento ao q ele respondeu "se eu tivesse no banco tudo o q me devem..."

Estamos a falar de uma boa dúzia de empregos, q nunca serão criados.
Tudo pq n vale a pena cobrar dívidas em tribunal. É exactamente o mesmo problema q leva a q 4 anos depois não se saiba se há culpados.

Os tribunais não funcionam.
Ninguém faz nada.
O investimento não se faz.
O culpados não são encontrados.
O crime compensa...

A queda

A queda da ponte levanta uma questão q tem duas respostas: Pq razão a ponte caiu?

A razão fisica é de fácil resposta: Um dos pilares centrais cedeu. Cedeu pq n teve manutenção.
A questão é bem simples e Newton explicou-a bem.

A razão "não fisica" é bem mais estranha.
Anos e anos todas as estradas e respectivas obras de arte (nome técnico para pontes e viadutos) foram da responsabilidade da JAE (Junta Autónoma das Estradas).
O governo de António Guterres resolveu dividir a JAE.
Ficámos a ganhar. Sim, ganhámos mais uma série de lugares para boys rosas, pois passámos a ter 2 institutos q faziam o q antiga JAE fazia sozinha.

Claro q no meio da divisão da JAE o importante era contratar doutores para regulamentar tudo, e não contratar engenheiros competentes, fiscais para fiscalizar o estado das nossas obras de arte, pedreiros e serventes para pequenas reparações.

As pequenas reparações não são feitas, transformam-se em grandes reparações rápidamente. As grandes reparações transformam-se em tragédias ocasionalmente. O azar bateu em Entre-os-rios naquele 4 de Março.

O azar ou a incompetência?
O azar ou temos "doutores" q mandam onde n sabem mandar?
O azar da ponte ter caído, ou o azar de termos estes politicos e estes líderes dos departamentos públicos?

Coitados dos q morreram mas q pagaram com os seus impostos a manutenção da ponte onde vieram a morrer.

É este o país q queremos... ?

NFL

Apito Dourado Parte II

"O "Apito Dourado" já teve um mérito. Afinal, é mesmo verdade o sistema existe e é feito de promiscuidades e favores. Por aquilo que se vai sabendo, este processo não deixará pedra sobre pedra no edifício da arbitragem portuguesa. Nada poderá voltar a ser igual. Deixando claro algo que já era uma evidência a necessidade de uma profunda regeneração no futebol português. Uma regeneração que, pelo que se tem visto, nunca se fará por dentro do sistema, e que terá de ser imposta de fora, através de alterações legislativas e, mais importante, de vontade política nesse sentido. Nesta matéria, futebol, o poder político em Portugal tem, desde sempre, optado pela mais cobarde das atitudes, assobiando para o ar, como se nada se passasse, em nome da crença numa auto-regulação que, já se provou à saciedade, nunca funcionará."
in DN, 04-03-2005

Afinal sempre é o sistema. Os jornais dão razão a Dias da Cunha. O Sporting foi e continua a ser a única voz de combate. Como diria Jardel, porque será?

CAO

quinta-feira, março 03, 2005

Apito Dourado (ou então Vermelho)

Oliveirense, Sporting, Beira-Mar!
Pergunta: Irá o Benfica ganhar algum jogo para a Taça de Portugal sem ser beneficiado pelo árbitro?

CAO

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