sexta-feira, março 04, 2005
A Ponte
Faz hoje 4 anos q caiu a ponte de Entre-os-rios.
Faz hoje 4 anos q morreram algumas dezenas de pessoas pq alguém se "esqueceu" de ir verificar o estado da ponte.
Faz hoje 4 anos q aguardamos saber se há culpados, ou se como sempre a culpa morre solteira.
Esta questão da ponte levanta 2 pontos:
Justiça
A Justiça não funciona em Portugal, todos o sabem.
Mas poucos sabem do custo efectivo dessa questão.
Dou um exemplo fresquinho. Hoje almoçava com um empresário do ramo alimentar q me dizia q tinha cerca de €70.000,00 "na rua".
Falávamos de ele investir em mais um estabelecimento ao q ele respondeu "se eu tivesse no banco tudo o q me devem..."
Estamos a falar de uma boa dúzia de empregos, q nunca serão criados.
Tudo pq n vale a pena cobrar dívidas em tribunal. É exactamente o mesmo problema q leva a q 4 anos depois não se saiba se há culpados.
Os tribunais não funcionam.
Ninguém faz nada.
O investimento não se faz.
O culpados não são encontrados.
O crime compensa...
A queda
A queda da ponte levanta uma questão q tem duas respostas: Pq razão a ponte caiu?
A razão fisica é de fácil resposta: Um dos pilares centrais cedeu. Cedeu pq n teve manutenção.
A questão é bem simples e Newton explicou-a bem.
A razão "não fisica" é bem mais estranha.
Anos e anos todas as estradas e respectivas obras de arte (nome técnico para pontes e viadutos) foram da responsabilidade da JAE (Junta Autónoma das Estradas).
O governo de António Guterres resolveu dividir a JAE.
Ficámos a ganhar. Sim, ganhámos mais uma série de lugares para boys rosas, pois passámos a ter 2 institutos q faziam o q antiga JAE fazia sozinha.
Claro q no meio da divisão da JAE o importante era contratar doutores para regulamentar tudo, e não contratar engenheiros competentes, fiscais para fiscalizar o estado das nossas obras de arte, pedreiros e serventes para pequenas reparações.
As pequenas reparações não são feitas, transformam-se em grandes reparações rápidamente. As grandes reparações transformam-se em tragédias ocasionalmente. O azar bateu em Entre-os-rios naquele 4 de Março.
O azar ou a incompetência?
O azar ou temos "doutores" q mandam onde n sabem mandar?
O azar da ponte ter caído, ou o azar de termos estes politicos e estes líderes dos departamentos públicos?
Coitados dos q morreram mas q pagaram com os seus impostos a manutenção da ponte onde vieram a morrer.
É este o país q queremos... ?
NFL
Faz hoje 4 anos q morreram algumas dezenas de pessoas pq alguém se "esqueceu" de ir verificar o estado da ponte.
Faz hoje 4 anos q aguardamos saber se há culpados, ou se como sempre a culpa morre solteira.
Esta questão da ponte levanta 2 pontos:
Justiça
A Justiça não funciona em Portugal, todos o sabem.
Mas poucos sabem do custo efectivo dessa questão.
Dou um exemplo fresquinho. Hoje almoçava com um empresário do ramo alimentar q me dizia q tinha cerca de €70.000,00 "na rua".
Falávamos de ele investir em mais um estabelecimento ao q ele respondeu "se eu tivesse no banco tudo o q me devem..."
Estamos a falar de uma boa dúzia de empregos, q nunca serão criados.
Tudo pq n vale a pena cobrar dívidas em tribunal. É exactamente o mesmo problema q leva a q 4 anos depois não se saiba se há culpados.
Os tribunais não funcionam.
Ninguém faz nada.
O investimento não se faz.
O culpados não são encontrados.
O crime compensa...
A queda
A queda da ponte levanta uma questão q tem duas respostas: Pq razão a ponte caiu?
A razão fisica é de fácil resposta: Um dos pilares centrais cedeu. Cedeu pq n teve manutenção.
A questão é bem simples e Newton explicou-a bem.
A razão "não fisica" é bem mais estranha.
Anos e anos todas as estradas e respectivas obras de arte (nome técnico para pontes e viadutos) foram da responsabilidade da JAE (Junta Autónoma das Estradas).
O governo de António Guterres resolveu dividir a JAE.
Ficámos a ganhar. Sim, ganhámos mais uma série de lugares para boys rosas, pois passámos a ter 2 institutos q faziam o q antiga JAE fazia sozinha.
Claro q no meio da divisão da JAE o importante era contratar doutores para regulamentar tudo, e não contratar engenheiros competentes, fiscais para fiscalizar o estado das nossas obras de arte, pedreiros e serventes para pequenas reparações.
As pequenas reparações não são feitas, transformam-se em grandes reparações rápidamente. As grandes reparações transformam-se em tragédias ocasionalmente. O azar bateu em Entre-os-rios naquele 4 de Março.
O azar ou a incompetência?
O azar ou temos "doutores" q mandam onde n sabem mandar?
O azar da ponte ter caído, ou o azar de termos estes politicos e estes líderes dos departamentos públicos?
Coitados dos q morreram mas q pagaram com os seus impostos a manutenção da ponte onde vieram a morrer.
É este o país q queremos... ?
NFL