quinta-feira, agosto 18, 2005

Venda livre de medicamentos

O governo prepara-se para liberalizar a venda de medicamentos.

Lá fora é comum haver medicamentos vendidos nos super e hipermercados, cá não existe essa tradição.

Vejo várias vantagens nesta medida, pois já tive q sair de noite para procurar a farmácia q está de serviço naquela noite.
E quem tem filhos pequenos já passou por isso de certeza.

O problema é que Portugal é um país de hipocondriacos, algo que é confirmado pelas estatísticas de consumo de medicamentos.
Estaremos a facilitar o acesso aos medicamentos.

Por outro lado, de todas as vezes que fui a uma farmácia, nunca me foi questionado quem iria tomar o medicamento, nem em que dosagem.

Sinceramente não consigo vislumbrar até que ponto os prós ou os contras vencerão. Só o tempo o dirá.

De qq modo este problema foge ao assunto essencial: O licenciamento de farmácias.

Este para mim é o ponto essencial.
Eu posso ser dono de uma clinica, desde que tenha um médico responsável.
Eu posso construir um prédio, desde que tenha um engenheiro responsável.
Eu posso ser dono de um hospital, desde que tenha um médico responsável.

Mas não posso ter uma farmácia, pois não sou farmaceutico.

Acho que é algo sem sentido, uma vergonha e até mesmo ridiculo.

Este é um dos vértices da questão. O outro é ainda mais interessante...

Existem uma série de limitações para a instalação das farmácias.
Podem existir 500 consultórios médicos no mesmo edifício, 30 clinicas no mesmo bairro, mas existem limites para a localização das farmácias.

Ora, isto é algo surreal.
Cria uma alteração enorme do mercado, o que faz com que as farmácias sejam hiper-valorizadas.
Não creio que seja negócio para que haja farmácias a valer 5 milhões de euros.
Até porque no fundo estão-se a vender licenciamentos...

E aqui só pode ter culpa quem legisla e quem licencia...

NFL

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